1 7 days to change your life

terça-feira, 21 de junho de 2011
"I know sometimes your life is a bitch
So come purchase my easy fix
I've been there myself,
Sad, fat and bald
Soon with my help, you'll have it all
I'll build you back up for the fight
You'll be so wound up your stomachs tight
You're the laugh of the party, you'll get yourself laid
Surely you'll trust me once I've been paid
(...) So many years ago I was so low and lonely and depressed
I hadn't left my flat in weeks and never even bothered getting dressed
And I was smoking weed and I was in a mess 
And that's when it happened 
So I opened up the blinds to let the light in on my sorry life
(...) In just seven short days
You'll change your life"

(7 days to change your life - Jamie Cullum)


Boa noite querido (a),

Estive um pouco ausente nos últimos dias; estou sem tempo pra tudo. Tenho tanto pra compartilhar com vc. Tanta coisa tem acontecido simultaneamente. Uma loucura!

Os altos e baixos do coração continuam, entretanto, as coisas tem se ajeitado aos poucos, e como a Dra. Jolie costuma dizer "com o tempo, as pessoas tomam seu devido lugar no nosso coração. Elas não deixam de existir, mas ocupam apenas a parte que lhes cabe.  " e é exatamente essa a sensação de hoje: o outro se adequando ao espaço que lhe é devido, na proporção certa.

Estou muito ansiosa. 
A viagem dos meus sonhos está ae! Em 09 dias embarco, com destino a Europa. Fico praticamente um mês fora do país, de férias, vivendo meu sonho. Nesse período acredito que dificilmente atualizarei o blog, mas sempre que der posto algo novo aqui.

A reviravolta pessoal não para e acontece em todos os sentidos. Tudo o que quero, busco e luto agora é pelo reencontro do meu ponto de equilíbrio, ora perdido. Estou tentando me realinhar, me readequar, me encontrar, me descobrir, me amar e principalmente, me bastar.

Vejo que toda a dificuldade enfrentada nos últimos meses tem me feito crescer e amadurecer. Estou me agigantando, como sempre quis. Voltei a ter a sede do infinito, do conhecimento, da satisfação pessoal, de Deus... e tô me empenhando em tudo isso e mais um tanto.

Cada minuto do meu dia tem um fim determinado. Cada instante livre se ocupa, de amigos, de pessoas, de orações, de leitura, música, dança, trabalho, trabalho, trabalho e surpresas. Agradáveis surpresas, como a de hoje: receber chocolates, muitos chocolates, no meio do expediente, de um pretendente... rs.

Sinto meu interior agitado e contraditoriamente, em paz. Sei que, assim como na música acima, restam alguns curtos dias (talvez, mais do que 07...) para mudar minha vida, ou melhor, para continuar a mudança que já se iniciou.

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)

Minha travessia já se iniciou.

Bjo, bjo

0 Assim seja

quinta-feira, 16 de junho de 2011
"Mesmo supondo que a proteção contra desilusões amorosas fosse nossa mais elevada sabedoria, será que Deus a oferece? Aparentemente, não. Em seu último momento, Cristo diz: "Por que me abandonastes?"

Não há saída pelo método sugerido por Santo Agostinho. Não existe investimento seguro. Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa, e seu coração certamente vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife - seguro, sombrio, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir - vai ser tornar indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa à tragédia, ou pelo menos ao risco de uma tragédia, é a condenação.

O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno." (C.S. Lewis em Os quatro Amores)
 Olá blogueiros,

Confesso que estou em pânico.
Sinto todos os meus poros abertos e gritantes, pedindo ajuda, socorro!
Por mais que eu diga que não, amo o ex e amo com todas as minhas forças.

Maldição!

Tudo o que fiz até agora foi lutar para esquecê-lo, pra arrancar esse amor de mim. Mas nem balada, nem bebidas, nem beijar outras pessoas, nem ficar em casa, nem trabalhar demais, blá blá blá, nada, nada me ajudou.  Estou nessa situação humilhante e precária há 3 meses e morro de ódio disso.

É uma miscelânia de sentimentos; amor, rejeição, dor, raiva, ódio, despeito, saudade, indignação, ciúme e dor e ódio e amor e rejeição e tudo de novo.

É um inferno. E se há um inferno aqui na Terra queridos, estou nele! E não suporto mais estar aqui. Só que não sei mais o que fazer pra mudar isso. Já fiz de tudo! Tudo! Se vc disser: Sara mas vc já tentou dar um tempo? - Sim, é o que tô fazendo. Vc já tentou um novo amor? - Não, não quero amar ninguém, mas já tentei me envolver com outras pessoas e tb não resolveu. E vc já procurou uma ajuda profissional, sei lá, um psicólogo? - Meu bem, tô na terapia há 2 meses. E por ae vai...

Tá certo que esse negócio de coração é muito instável. Tem dias que acordo maravilhosamente bem. Tem semanas que passo bem e é só alegria. Mas dias como hoje são um caos. Perco o raciocínio, a linearidade, o bom senso, a paz... e eu só quero paz. Só quero ser livre dessa prisão. Só quero que se desfaça esse laço maldito de alma. Quero ser EU, e EU somente, sem mais ninguém.

Talvez essa agonia, essa dor, angustia e nervoso decorra do excesso de trabalho, da proximidade da viagem (faltam 14 dias!), da tensão em casa, do bofe escândalo que tá na cola (um parênteses aqui - geeeeeeeeeeeeeente do céu! tem um bofão afim de mim! e eu preciso tanto de sensatez agora, não dá pra dispensar um segundo partido como esse, não dá!), enfim... Tem muita coisa acontecendo simultaneamente e minha cabeça simplesmente não consegue processar tudo com a rapidez e necessidade exigida.

Quando fico assim, a única coisa que me alivia é escrever. É gritar aqui no blog todo o mal que me assola, toda dor que me corrói, o luto que ainda não passou por inteiro.

Me desculpe pela confusão, pela oscilação constante das minhas emoções, se isso te chateia, vc pode imaginar como me sinto. Só espero alcançar o nível do Lewis em breve, ao escrever que:


"Não nos aproximamos de Deus procurando evitar sofrimentos intrínsecos a todos os amores, mas aceitando-os e oferecendo-os a ele, renunciando a toda a carapaça defensiva. Se nosso coração tiver de partir-se, e ele decidir que é desse modo que deve se partir, assim seja." 

Assim seja.

Bjo, bjo

0 Oportunidade. Escolha. Consequência.

quarta-feira, 15 de junho de 2011
"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outros amores. E outras pessoas. E outras coisas..." (Clarice Lispector)
Oportunidade. Escolha. Consequência.
Oportunidade. 
Escolha. 
Consequência.
Oportunidade. Escolha. Consequência.
Algumas coisas não tem volta. Algumas decisões, também não. 
Agora é tempo de dar tempo ao coração, enfrentar a solidão, e ser feliz ainda assim.

2 E no dia dos namorados a amizade é o amor que nunca morre.

domingo, 12 de junho de 2011
"Mal posso acreditar que tenho limites, que sou recortada e definida. Sinto-me espalhada no ar, pensando dentro das criaturas, vivendo nas coisas além de mim mesma. Quando me surpreendo ao espelho não me assusto porque me ache feia ou bonita. É que me descubro de outra qualidade. Depois de não me ver há muito quase esqueço que sou humana, esqueço meu passado e sou com a mesma libertação de fim e de consciência quanto uma coisa apenas viva. Também me surpreendo, os olhos abertos para o espelho pálido, de que haja tanta coisa em mim além do conhecido, tanta coisa sempre silenciosa.
(...)
Às vezes, à minha descoberta, segue-se o amor por mim mesma, um olhar constante ao espelho, um sorriso de compreensão para os que me fitam. Período de interrogação ao meu corpo, de gula, de sono, de amplos passeios ao ar livre. Até que uma frase, um olhar — como o espelho — relembram-me surpresa outros segredos, os que me tornam ilimitada. Fascinada mergulho o corpo no fundo do poço, calo todas as suas fontes e sonâmbula sigo por outro caminho. — Analisar instante por instante,  perceber o núcleo de cada coisa feita de tempo ou de espaço. Possuir cada momento, ligar a consciência a eles, como pequenos filamentos quase imperceptíveis mas fortes. É a vida? Mesmo assim ela me escaparia.

Outro modo de captá-la seria viver. Mas o sonho é mais completo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo? — Palavras muito puras, gotas de cristal. Sinto a forma brilhante e úmida debatendo-se dentro de mim. Mas onde está o que quero dizer, onde está o que devo dizer? Inspirai-me, eu tenho quase tudo; eu tenho o contorno à espera da essência; é isso? — O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si? Utilizar-se como corpo e alma em proveito do corpo e da alma? Ou transformar sua força em força alheia? Ou esperar que de si mesma nasça, como uma conseqüência, a solução?

Nada posso dizer ainda dentro da forma. Tudo o que possuo está muito fundo dentro de mim. Um dia, depois de falar enfim, ainda terei do que viver? Ou tudo o que eu falasse estaria aquém e além da vida? — Tudo o que é forma de vida procuro afastar. Tento isolar-me para encontrar a vida em si mesma. No entanto apoiei-me demais no jogo que distrai e consola e quando dele me afasto,  encontro-me bruscamente sem amparo. No momento em que fecho a porta atrás de mim, instantaneamente me desprendo das coisas. Tudo o que foi distancia-se de mim, mergulhando surdamente nas minhas águas longínquas.

Ouço-a, a queda. Alegre e plana espero por mim mesma, espero que lentamente me eleve e surja verdadeira diante de meus olhos. Em vez de me obter com a fuga, vejo-me desamparada, solitária, jogada num cubículo sem dimensões, onde a luz e a sombra são fantasmas quietos. No meu interior encontro o silêncio procurado. Mas dele fico tão perdida de qualquer lembrança de algum ser humano e de mim mesma, que transformo essa impressão em certeza de solidão física.
Se desse um grito — imagino já sem lucidez — minha voz receberia o eco igual e indiferente das paredes da terra. Sem viver coisas eu não encontrarei a vida, pois? Mas, mesmo assim, na solitude branca e limitada onde caio, ainda estou presa entre montanhas fechadas. Presa, presa. Onde está a imaginação? Ando sobre trilhos invisíveis. Prisão, liberdade. São essas as palavras que me ocorrem. No entanto não são as verdadeiras, únicas e insubstituíveis, sinto-o. Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.
(...)
Naquele dia, na fazenda de titio, quando caí no rio. Antes estava fechada, opaca. Mas, quando me levantei, foi como se tivesse nascido da água. Saí molhada, a roupa colada à pele, os cabelos brilhantes, soltos. Qualquer coisa agitava-se em mim e era certamente meu corpo apenas. Mas num doce milagre tudo se torna transparente e isso era certamente minha alma também. Nesse instante eu estava verdadeiramente no meu interior e havia silêncio. Só que meu silêncio, compreendi, era um pedaço do silêncio do campo. E eu não me sentia desamparada.
(...)
É preciso que eu não esqueça, pensei, que fui feliz, que estou sendo feliz mais do que se pode ser. Mas esqueci, sempre esqueci."
(Clarice Lispector em Perto de um coração Selvagem)
Boa tarde blogueiros,

Hoje é dia de reflexão.
As coisas tendem a gritar e eu me sinto silêncio.
Ontem, descobri que ex assumiu publicamente o namoro com a garota com quem me traía.
Choro? - Óbvio.
Raiva? - Evidente.
Tristeza? - Inevitável.
Aceitação? - Jamais.
Por mais que eu procure uma justificativa pra tudo o que me aconteceu, entendo que isso de nada adianta, nada mudará os fatos. Os fatos.
Mas sabe de uma coisa, preciso viver minha vida. Deixar pra trás o que pra trás ficou, e seguir adiante seja como for.

Eu temi nos últimos dias a data comemorada hoje: Dia dos Namorados. Fiz mil conjecturas, sobre tudo, e me surpreendi. A vida, às vezes, nos presenteia e ter amigos é a melhor coisa do mundo.

Apesar da tristeza causada, ontem, pude gargalhar muito. Voltando da pós, encontro em cima da minha cama uma cesta de chocolates e um cartão que dizia:

"Há momentos na vida em que nós somos só sentimento. Nesses momentos, percebemos que sentimentos de alegria, carinho e amizade são fundamentais para alimentar nosso coração e nos trazer a certeza de que nós nunca estamos sós. Sempre existem pessoas especiais que de alguma forma, contriibuem para dar um valor especial à nossa existência. Que bom que existem pessoas como vc!

Porque a gente tamém é fã de você! 

R. e B."

Quem é R. e B.?
São os melhores amigos que Deus poderia colocar na minha vida!
Junto com a V., formamos um belo Quarteto Fantástico! rs.
Amigos tão maravilhosos, gentis, amáveis, que cuidam de mim e que nunca me dão as costas. Obrigado por fazerem parte da minha história. Que nossa amizade e união permaneça! Sem vcs, não sei se conseguiria chegar até aqui.

"A amizade é um amor que nunca morre" (Mário Quintana). 

Blogueiros,

Muitas vezes indago o porquê de tanta dor e decepção. Fico tentando entender a maldade do coração do homem - e não consigo, simplesmente não consigo.
Porém, agraciada pelo convívio com pessoas tão especiais, tenho a esperança e a fé renovada.
Um dia, o amor irá me sorrir outra vez. Um dia, eu sei que vai.

 Bjo, bjo!
E para os amigos R. e B. um beijo maior ainda!!!!

2 Palmas à Deborah Colker!

quinta-feira, 9 de junho de 2011
Boa noite blogueiros,

Essa semana  está uma loucura!
Tenho trabalhado tanto, mas tanto, que me sinto exausta. Completamente.
Entretanto, não poderia deixar de assistir e compartilhar com vcs um pouco do que vi e muito admirei no espetáculo TATYANA, da Compania de Dança Deborah Colker, que ocorreu ontem, no Centro de Convenções de Goiânia.

Talvez, esteja se perguntando: Mas quem é Deborah Colker?

Deborah Colker (Rio de Janeiro, 1961) é uma bailarina e coreógrafa brasileira, conhecida por seus balés aclamados pela crítica, nacional e internacional. Alguns de seus trabalhos foram Mix, Nó, Casa, Rota, 4x4, Cruel, Dínamo e, mais recentemente, Tatyana. É a primeira mulher á dirigir um show do Cirque Du Soleil: Ovo - Cirque 2009. Foi considerada pela Revista Época uma dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. No video abaixo, ela descreve brevemente a compania, como foi seu surgimento, criação e evolução nos espetáculos.




Mas voltando ao Tatyana...
Deborah Colker foi buscar inspiração para seu novo espetáculo em um grande clássico da literatura universal: “Evguêni Oniéguin”, o romance em versos, publicado em 1832 por Aleksandr Púchkin (1799-1837), o pai da literatura russa.

Em dois atos, a Companhia de Dança Deborah Colker leva ao palco o próprio Púchkin, interagindo com as ações, desejos, pensamentos e transformações psicológicas dos quatro protagonistas de sua obra-prima. A música de compositores como Rachmaninov, Tchaikovsky, Stravinsky e Prokofiev embala essa jornada atemporal ao âmago de uma história de duelos, desencontros, paixões e decepções.

A impressão que tenho após assistir "Tatyana" é que a dança contemporanea é realmente surpreendente e maravilhosa!

A evolução, criatividade, originalidade, a mistura do balé clássico com o moderno, a música, os elementos utilizados no palco, são caracterizadores da personalidade bela, singular e intensa de Deborah Colker.

"Tatyana" é inovador, completo, dinânimo, empolgante, emociona, intriga e surpreende, do início ao fim. Sinceramente, eu não acreditava no que estava diante dos meus olhos, é de uma beleza cativante, um encantamento e uma alegria contagiante.


Tatyana - Cia. Déborah Colker
 
Tatyana - Cia. Déborah Colker
 
Tatyana - Cia. Déborah Colker
 
Tatyana - Cia. Deborah Colker


A dança realmente significa muito pra mim, tanto, que não consigo explicar. Ela me causa uma inquietação, um desprendimento, uma alegria, uma paz, uma beleza, uma pressa de voar e de ser livre pra sempre...

Por isso, em meio a uma semana tão difícil, quando enfrento e suporto com pesar, tantas dores, sem contar a correria do trabalho, o cansaço e o stress potencializado pela TPM, ver algo tão belo e peculiar consegue mudar drasticamente o meu humor - para melhor, é claro!

Assim, só posso oferecer meu agradecimento e uma forte salva de palmas à Déborah Colker.

Palmas, muitas palmas à ela, que as merece.

Bjo, bjo

2 Não era amor, era um superlativo fantasioso da realidade.

segunda-feira, 6 de junho de 2011
Olá blogueiros queridos,
Antes de tudo quero que leiam o texto abaixo, extraído do livro Os Quatro Amores de C.S. Lewis, em seguida tecerei alguns comentários...
"De Vênus, o ingrediente carnal no íntimo de Eros, volto-me agora para Eros como um todo. Veremos aqui repetido o mesmo padrão. Como Vênus em Eros não almeja realmente o prazer, também Eros não visa a felicidade. Podemos julgar que o faz, mas uma vez feito o teste o resultado é outro.

Todos sabem que é inútil tentar separar amantes provando que seu casamento será infeliz. Não só pelo fato de que não irão acreditar em suas palavras, pois mesmo que acreditassem não seriam dissuadidos. Quando Eros está em nós essa é justamente uma de suas marcas: preferimos ser infelizes com o ente amado a ser felizes em quaisquer outros termos. Mesmo que os dois amantes sejam pessoas amadurecidas e experimentadas que saibam que corações partidos acabam por curar-se e possam prever claramente que, uma vez decididos a enfrentar a agonia da despedida, seriam certamente mais felizes dentro de dez anos do que o casamento em vista provavelmente os faria - mesmo assim não se separariam.

Todos esses cálculos são irrelevantes para Eros - da mesma forma que o julgamento brutal de Lucrécio é irrelevante para Vênus. Mesmo quando se toma claro, além de qualquer subterfúgio, que a união com o ser amado não trará felicidade quando não pode nem mesmo professar oferecer qualquer outro tipo de vida além de cuidar de um inválido incurável, da pobreza sem esperanças, do exílio ou da desgraça - Eros jamais hesita em dizer: “Antes isto do que a separação. Melhor ser miserável com ela do que feliz sem ela. Deixe que nossos corações se partam, desde que se partam juntos”. Se a voz em nosso íntimo não disser isto, não é a voz de Eros.

Esta a grandiosidade e o mal do amor.

(...) No esplendor de Eros é que se ocultam as sementes do perigo. Ele falou como um deus. Sua entrega total, sua desconsideração impetuosa da felicidade, sua transcendência da auto-consideração, soam como uma mensagem do mundo eterno. Ele não pode porém, em sua posição natural, ser a voz do próprio Deus. Pois Eros, falando justamente com essa grandiosidade e manifestando essa transcendência do “eu”, pode impelir tanto para o mal como para o bem. Nada é mais superficial do que a crença de que o amor que leva ao pecado é sempre qualitativamente inferior - mais animal e mais trivial - àquele que leva ao casamento cristão fiel e produtivo.

O amor que leva a uniões cruéis e perjuras, até mesmo a pactos suicidas e assassinato, nem sempre é produto da sensualidade exacerbada nem do sentimento mal aplicado. Pode ser muito bem Eros em todo o seu esplendor, legitimamente sincero, pronto para qualquer sacrifício menos a renúncia.

(...) Eros, porém, honrado sem reservas e obedecido incondicionalmente, toma-se um demônio. E é justamente assim que ele alega ser honrado e obedecido. Divinamente insensível ao nosso egoísmo, ele é também demonicamente rebelde a qualquer reivindicação de Deus ou do homem que possam opor-se a ele.

(...) E o tempo todo a pilhéria trágica é que este Eros cuja voz parece falar do reino eterno não é, ele mesmo, nem sequer necessariamente permanente, pois notoriamente é o mais mortal de nossos amores. O mundo ressoa com as queixas sobre a sua volubilidade. O que confunde é a combinação desta inconstância com seus protestos de permanência. Estar amando é tanto pretender como prometer fidelidade por toda a vida. O amor faz juramentos não solicitados, não podendo ser impedido de fazê-los. “Serei sempre fiel” são quase as primeiras palavras que profere. Não com hipocrisia, mas sinceramente. Nenhuma experiência irá curá-lo dessa ilusão. 
(...) Eros porém num certo sentido tem o direito de fazer esta promessa. A ventura de estar amando é de tal natureza que estamos certos em rejeitar como intolerável a idéia de que, o acontecimento talvez seja transitório. De um só pulo ele transpôs a parede espessa do nosso “eu”; tornou altruísta o apetite em si, jogou para o alto a felicidade pessoal como uma trivialidade e plantou os interesses de outrem no centro de nosso ser. Espontaneamente e sem qualquer esforço cumprimos a lei (em relação a uma pessoa) de amar nosso próximo como a nós mesmos. Trata-se de uma imagem, uma antecipação, do que devemos tornar-nos para todos se o próprio Amor imperar em nós sem um rival. Existe até mesmo um preparo para isso. Deixar de amar novamente é - se posso inventar essa feia palavra - uma espécie de desredenção.

Eros é impelido a prometer o que Eros por si mesmo não pode cumprir."

 
Olá novamente queridos.
Lendo o livro de Lewis, meditando sobre minha própria vida, falando com Deus, amigos (incluo vc chéri) e a Dra. Jolie, cheguei a importantes conclusões.

Não amei o ex. Estive apaixonada. Completamente, perdidamente, insanamente, tresloucadamente - é verdade, mas não era amor, era paixão.

De acordo com o Wikipédia  "a paixão (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação dificil) é uma emoção de ampliação quase patológica. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio."

Ainda, de acordo com o Wikipédia:

"O sentimento exacerbado entre duas pessoas, é um exemplo de uma paixão. A paixão pode ultrapassar barreiras sociais, diferenças de formação, idades e gêneros. A paixão completamente correspondida causa grandiosa felicidade e satisfação ao apaixonado, pelo contrário qualquer dificuldade para atigir essa plenitude pode trazer grande tristeza pois o apaixonado só se vê feliz ao conseguir o objeto de sua paixão. A paixão é uma patologia amorosa, um superlativo fantasioso da realidade sobre o o outro, tendo em vista que o indivíduo apaixonado se funde no outro, ou seja, perde a sua individualidade, que só é resgatada quando na presença do outro. 

Com o passar do tempo, essa intensidade de fusão vai se esvaindo, tendo em vista que a paixão é uma idealização mítica do outro. Quando o apaixonado começa a perceber que essa idealização, com o passar do tempo, foi equivocada, porquanto o outro não se comportava dentro do perfil de expectativas idealizado miticamente pelo apaixonado, é gerada uma intensa frustração, que passa a ser vivenciada com intensa irritabilidade pelo então apaixonado. 

Desta forma, o apaixonado vai percebendo o equívoco que cometeu, pela recorrência das frustrações no tocante às suas expectativas fantasiosas pelo outro, objeto da paixão e o processo começa então a regredir, a se inverter, com a paulatina volta e reforço da identidade do ex-apaixonado, que passa a enxergar o outro como ele realmente é, o que, via de regra pode até gerar um sentimento inverso de extrema repulsa, pelos sofrimentos suportados." (Sic, grifei).

Com o perdão da expressão gente: PUTA QUE PARIU! 

É ISSO! É EXATAMENTE ISSO! 

Foi uma maldita paixão! Nunca foi amor! Eu achei que fosse, tinha certeza (uma certeza equivocada), mas na verdade era o eros bandido, destruidor de corações. E putz! Como saber disso é bom! Quão libertador é! Eu estava cega, totalmente cega, não de amor, mas de paixão, P-A-I-X-Ã-O.

Sabe, todo santo dia me diziam que era questão de tempo pra desencanar desse malfadado relacionamento, e eu ficava indignada porque esse tempo não chegava, mas agora chegou.

O meu tempo chegou.

Só quero registrar meu OBRIGADO ao ex pelo "empurrãozinho" dado. Vê-lo com a garota com quem estava me traindo, tão pouco tempo tempo depois que terminamos foi destruidor, mas igualmente libertador. Naquele fátidico sábado, ele conseguiu numa tacada só MATAR TODO E QUALQUER SENTIMENTO BOM que havia preservado no meu coração.

Por isso, obrigado ex. Apesar da pior dor do mundo que me causou, sinto agora um alívio tão grande por saber que vc nunca existiu de verdade! Vc foi apenas uma mentira inventada, uma bela mentira, mas só isso. Vc não é bom, doce e amável como fingiu (e me enganou) ser. Vc nunca me amou, só me usou, me iludiu, me traiu e quando se cansou, me descartou, como se eu não fosse nada, como se eu não valesse nada, e me substituiu pela primeira leviana que apareceu. Vc ex, é apenas uma pessoa vazia e egoísta, que não ama ninguém a não ser vc mesmo.

Graças a Deus, a terapia e as pessoas que me amam de verdade, não precisei de mais 21 dias pra esquecer essa paixão, com cara de amor, só precisei conhecer o ex real para então reconhecer que sou muito melhor sem ele.

Não era amor, era só paixão.

Bjo, bjo e mais bjo.

0 Nosso querido Estagiário

sábado, 4 de junho de 2011
Bom dia blogueiros queridos,

Hoje, sábado, estou trabalhando; algo que só faço quando os prazos me sufocam, mas não é o caso.
Todos no escritório foram convidados a participar de um "mutirão" para finalizar algumas pendências importantes e cá estou.
Acordei de extremo bom humor, ainda no fds quero falar melhor com vcs sobre o que aconteceu


0 Nosso querido Estagiário



2 21 Dias para Mudar

quarta-feira, 1 de junho de 2011
Boa noite Blogueiros,

Após ler o post "Tire esse azedume do seu peito. Por 21 dias." escrito por Tábata Romero Garcia, uma blogueira que escreve com outras 29 pessoas o Blog das 30 pessoas, me propus a aceitar o desafio e tentar ver a mudança que tanto quero: esquecer de uma vez por todas o ex* (elogios retirados).

Segundo uma teoria criada por Maxwell Maltz, um cirurgião plástico que ganhou fama na década de 60 quando começou a elaborar um estudo relacionando suas cirurgias reparativas e a atitude mental no pós-operatório, uma atitude reiterada durante 21 dias consecutivos pode torná-la hábito. Aleluia!

Segundo Maltz, pesquisas neurológicas mostram que a memória de longo prazo precisa desse período de repetições diárias para que se estabeleça e seja considerada incorporada. Na prática, você precisa de 21 dias para se acostumar a leitura de um livro ao invés de perder seu tempo em frente a TV, para deixar de comer tanto fast food, para parar de falar inutilidades (o falecido, por exemplo), para fazer exercícios físicos regulares e por ae vai.

Foi nesse momento que tive a "brilhante" ideia de formar dois novos e importantes hábitos na minha vida:

1. Não falar "daquele que não se pode falar" (rs);
2. Parar de reclamar.
 
 
Muitas vezes não alcançamos algumas metas, não por falta de capacidade e sim por falta de objetividade. Portanto, se é objetividade que me falta, a contar de hoje ficarei 21 dias sem falar nada relacionado ao ex e também não irei reclamar.

Confesso que não sei se conseguirei cumprir fielmente o acordado, mas irei me esforçar ao máximo, afinal, quem não quer mudar algo importante, saudável e necessário em 21 dias?!

Eu quero! Quero muito! E que Deus me ajude.

PS¹: Só fiz uma exceçãozinha de nada... ainda poderei falar com a Dra. Jolie e reclamar tb, é só uma vez na semana e não sou de ferro né!? rs, mas prometo que até com ela vou me empenhar para não comentar nada. Prometo (tentar).

PS²: Será que isso invalida tudo???? Se me disserem que invalida, nem com ela me permito falar disso.