0 Coisa de Pele

quarta-feira, 27 de abril de 2011
"Podemos sorrir
Nada mais nos impede
Não dá pra fugir dessa coisa de pele
Sentida por nós
Desatando os nós
Sabemos agora, nem tudo que é bom vem de fora

É a nossa canção
Pelas ruas e bares
Nos traz a razão, relembrando palmares
Foi bom insistir, compor e ouvir
Resiste quem pode à força dos nossos pagodes
E o samba se faz
Prisioneiro pacato dos nossos tantãs
E um banjo liberta da garganta do povo as suas emoções
Alimentando muito mais a cabeça de um compositor
Eterno reduto de paz
Nascente das várias feições do amor
Arte popular do nosso chão

É o povo que produz o show e assina a direção
Arte popular do nosso chão
É o povo que produz o show e assina a direção"

(Diogo Nogueira)



Bom dia, bom dia!
Ontem teve show do maravilhoso, sedutor e irresistível Diogo Nogueira no Flamboyant in Concert, e foi simplesmente maravilhoso!
Alguns amigos da dança de salão também foram e dançamos muuuuuuuuito!
Deixo pra vcs uma música que gosto muito desse sambista: Coisa de Pele.
Essa terça foi excelente! E deixou saudades...



Bjo bjo!

0 Grenade

terça-feira, 26 de abril de 2011
"Easy come, easy go
That's just how you live, oh
Take, take, take it all
But you never give

Should've known you was trouble
From the first kiss
Had your eyes wide open
Why were they open?

Gave you all I had
And you tossed it in the trash
You tossed it in the trash, you did

To give me all your love
Is all I ever asked 'cause
What you don't understand is

I'd catch a grenade for ya
Throw my hand on a blade for ya
I'd jump in front of a train for ya
You know I'd do anything for ya

Oh oh, I would go through all of this pain
Take a bullet straight through my brain
Yes, I would die for you, baby
But you won't do the same

No, no no

Black, black, black and blue
Beat me 'til I'm numb
Tell the devil I said "hey"
When you get back to where you're from

Mad woman, bad woman - leia-se: Mad man, bad man
That's just what you are
Yeah, you'll smile in my face
Then rip the brakes out my car

Gave you all I had
And you tossed it in the trash
You tossed it in the trash, yes you did!

To give me all your love
Is all I ever asked, 'cause
What you don't understand is

I'd catch a grenade for ya
Throw my hand on a blade for ya
I'd jump in front of a train for ya
You know I'd do anything for ya

Oh oh, I would go through all of this pain
Take a bullet straight through my brain
Yes, I would die for you, baby
But you won't do the same

If my body was on fire
Oh, you'd watch me burn down in flames
You said you loved me, you're a liar
'Cause you never, ever, ever did baby

But darling, I'd still catch a grenade for ya
Throw my hand on a blade for ya
I'd jump in front of a train for ya
You know I'd do anything for ya

Oh oh, I would go through all of this pain
Take a bullet straight through my brain
Yes, I would die for ya, baby
But you won't do the same

No, you won't do the same
You wouldn't do the same
Oh, you'd never do the same
Oh, no no no..."

(Bruno Mars)

Ten

De fato eu deveria saber que você era um problema desde o primeiro beijo, mas não soube... vc ex foi a pior desilusão.
Mas (sempre tem um 'mas') o mundo dá muitas voltas, muitas mesmo, e não é pra sempre que vou me sentir assim. Estou certa disso.

Bjo, bjo e muita alegria meu povo! (Menos pro ex, é claro).

0 Quanto amor

domingo, 24 de abril de 2011
Quanto amor, quanto amor
Ele tem por mim
Quanta dor, quanta dor
Sofreu por mim por amor

A razão de tão grande amor
Foi mostrar que a minha vida tem valor
Sou tão precioso para Deus
Que Ele deu o Seu filho
Pra morrer na cruz por mim

Oh Deus te louvo pelo Teu amor
Tu mudaste meu interior
E agora eu quero viver
Pra transmitir este amor
Que vem de Ti

(Paulo César Baruk. Composição: Massao Sugihara)

Boa noite queridos.
Não é possível deixar passar o feriado da Semana Santa sem ao menos refletir no seu "porquê", não é mesmo?!?
Geralmente não falo muito sobre isso, ou não ultimamente... Tive uma formação religiosa muito forte; fui criada na igreja e agora, já "crescida" continuo crendo e seguindo a Deus, por opção própria e especialmente, por amor a Ele. Sou evangélica e metodista =)

Beeeeeeenção! rs.

Meditei muito hoje, quanto ao real significado da páscoa.
Dentre outras coisas, vi que meu sofrimento é tão limitado diante de tudo o que Jesus sofreu na cruz ao morrer por mim e por vc, para salvar-nos. Sim sim! Creio nisso sim! A salvação de nossas vidas está em Jesus Cristo e me sinto grata por ter o privilégio de reconhecer essa verdade.

Amém! =)

Não vou adentrar ao tema, tampouco explicar o que a fé cristã diz sobre a páscoa, que remonta a crucificação, morte e ressureição de Jesus Cristo, afinal, isso vcs o sabem muito bem.

Só gostaria mesmo de compartilhar com vcs essa música, que demonstra o grande amor de Jesus por nós. Amor tão grande que mesmo em meio a dor e sofrimento me traz alegria e paz, e força pra continuar!

Seja louvado o Cordeiro que foi morto mas reviveu e hoje me traz vida e em abundância!

Glória a Deus!

Que o amor desse Deus maravilhoso e bom, preencha o vazio do seu e do meu coração.

Uma feliz páscoa! com muito amor e chocolate tb! rs

Bjo, bjo de quem se sente um pouco melhor

0 Não desista, não desista, não desista!

sexta-feira, 22 de abril de 2011
Olá blogueiros queridos.
Como é bom estar de volta! Como falar com vcs me faz bem! Essa danada da solidão deseja me consumir, me devorar por inteiro, mas me liberto quando escrevo! por isso acho que o post será longo (de novo).

Lendo o blog da Flavia Werlang dona do Grávida, estado civil mãe (solteira) , resolvi falar algumas coisas aqui que ainda tomam boa parte dos meus pensamentos e nem sei se um dia deixará de fazer.

Estou em Rio Quente, uma cidadezinha no interior de Goiás, conhecida pelas águas termais - uma maravilha! O rio que passa por aqui é mesmo quente! Morno na verdade, rsrsrs. Ainda prefiro Caldas Novas, mais gente, mais badalação; aqui tá um clima familiar que me incomoda.

Resolvi passar o feriado prolongado aqui, pra me distrair um pouco, pra tentar esquecer tudo o que me sufoca, mas não tô tendo êxito - infelizmente.

Que saco!!!!!! Aqui tem um monte de casalzinho nos seus 20/30 e poucos anos, felizes, apaixonados, trocando carícias e olhares cheios de amor - que inveja! rs. Sem falar naqueles recém casados, ou com as esposas grávidinhas recebendo atenção e amor, ou ainda, àqueles com os babys mais lindos desse mundo! Fofos toda vida =]
Fico o tempo todo pensando: eu quero tanto isso! eu sempre sonhei com isso! porque não é comigo? porque ele não me ama mais? porque resolveu pôr um ponto final na nossa história? porque eu continuo o amando tanto????

=/

Gente do céu amar dói demais! Corrijo: amar e não ser amada pelo ser desejado dói absurdamente! E é sobre isso, que novamente venho falar.

Após ler meu comentário no post "As mães também amam" da Flavia Werlang, resolvi transcrevê-lo aqui com algumas adaptações e complementos.

Pois bem. Amor próprio e auto-conhecimento é tudo (e eu ainda não tenho).
Fato é, que incluímos o outro na nossa vida, de uma forma tão inteira, tão auto-destrutível, tão utópica, que quando a realidade é vista, ouvida e entendida (não por opção, é claro) é tão cruel e dolorosa, que simplesmente perdemos o chão.

Eu tô nessa fase pós término e percebo há um longo caminho a percorrer, falta muito pra me recuperar, pra me curar desse amor, pra esquecer de vez.

É foda.

E a dor? como lidar com a dor? como lidar com a indiferença do outro? como se acostumar a viver sem aquela pessoa que vc idealizou pra ser pra sempre sua?
Putz! como é difícil viver assim! Como é agoniante e entristecedor...

Mas não dá pra desistir de viver, de lutar, de buscar a cura do coração.
Seja como for, aos trancos e barrancos a única coisa que sei é que não dá pra desistir. E repito isso pra mim o tempo todo: não desista, não desista, não desista, não desista, não desista, não desista, não desista, não desista, não desista. Não desista!

Uma hora vai dar certo, eu sei que vai.
E é nessa esperança que me apego, que fio o meu coração. Vejo os outros felizes e acredito que também o serei.

Desejo a vcs e a mim tb, que sejamos encontrados por alguém que esteja pronto pra amar e viver esse amor de verdade e que o amor faça morada na nossa vida e não se mude nunca mais!

Bom feriado.

Bjo, bjo

0 Uma tangueira em formação!

sábado, 16 de abril de 2011
Boa tarde blogueiros!
Gostaria de compartilhar com vcs minha nova paixão: o Tango.
No início de 2010 comecei a fazer aulas de dança de salão. Em dezembro do mesmo ano fiz minha primeira apresentação! Dancei uma valsa vienense no baile da "Bela e a Fera". Foi inesquecível!

Hoje já danço um pouco de forró, bolero, soltinho e comecei a aprender o samba de gafieira! Mas quero falar mesmo é do tango.

Pois bem.

Namoro acabado e eu no fundo do poço. Só não sabia que encontraria uma mola propulsora pra me tirar de lá (ainda estou saindo...).

Fiz três coisas importantes e concomitantemente, das quais falarei em outra ocasião. Agora, só quero falar de uma das minhas decisões: voltar a dançar.

Voltei pra dança de salão na segunda quinzena de março/2011 e fui convidada a iniciar as aulas de tango. Topei na hora! É um grande desafio pra mim, algo extremamente motivador.

O casal que dá aulas é maravilhoso - Levi e Clarice! São pessoas que já tenho no meu coração. Como era esperado me aproximei muito deles e fui aprendendo além da prática, um pouco da história do tango.

O tango é a dança dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento. O casal de baile roça os sapatos entre sensuais carícias, como se houvesse um romance entre os bailarinos. A primeira expressão precursora do que seria o tango, foi a incorporação nos bailes, do casal abraçado - e figuras coreográficas próprias dos bailes dos negros.

Nos bailes dos negros, marcando a coreografia do candombe, o som da pele do tambor deu-lhe o nome de tan-gó. De acordo com o musicólogo Ortiz Oderico, o nome tango é uma corruptela do nome Xangô, deus do trovão e das tempestades na mitologia dos Yorubás da Nigéria (África Ocidental), onde Xangô também era o nome do tambor usado nos rituais. Como afirma Jorge Luiz Borges, o tango é negro na raiz.

Segundo Horacio Ferrer, "com a Guardia Vieja há um empobrecimento da dança do tango. Com a ampla divulgação tirada de sua privativa condição de dança de la orilla, as figuras que a adornavam foram suavizando-se, empobrecendo ou perdendo-se paulatinamente. Do bailarino de bordel da Boca ao bailarino de cabaré há tanta diferença, como deste para o bailarino dos clubes atuais".

Em 1865, o ator canadense residente em Buenos Aires, German Mckay, parodiava seus gestos e linguagem, personificando comicamente o Negro Schicoba, na interpretação de canto e dança chamados tango.O compasso foi mudando com os anos, mas o ritmo da canção entoada por Mckay, cuja partitura ainda existe, fez do velho candombe a dança oficial dos negros; o Negro Schicoba, escrita em 2/4, mostrava, em seus compassos de "habanera", certos traços do que viria a constituir-se o som e a estrutura musical do tango.

No passado eram populares várias espécies de tango: o "tango andaluz" (1855-1880), o "tango cubano" e outras variedades. Os conhecidos como "tangos africanos" eram interpretados pelos artistas das companhias espanholas que atuavam na cidade e entravam em cena caracterizados de negros, como fazia Mckay e outros atores americanos.

Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar.



O tango como é hoje conhecido era dançado nos bailes do sub-mundo, que aconteciam na periferia e arrabaldes de Buenos Aires: Corrales Viejos (hoje conhecido como Parque Patricio); Bateria (hoje, Retiro), Santa Lucia, em Barracas al Sur (hoje Avellaneda) e em Recoleta, onde hoje existe o aristocrático parque com o mesmo nome. Os personagens dos arrabaldes eram compadres, malandros e arruaceiros e o cenário eram as casas de danças e bordéis baratos.

É aí onde começa a tragetória do tango e a primeira etapa de sua identidade musical acontece quando é criada sua orquestra típica "criolla". Do contato com os bordéis, aparece uma série de títulos com duplo sentido: "El Choclo", "La Flauta de Bartolo", "La Cara de la Luna", "La Budinera", "Dame la Lata", "Che", "Sacame el Molde", etc.

Esse ambiente fez com que o tango fosse uma música proibida. Não só pelos personagens e lugares onde era executado, mas também pela maneira como os pares dançavam, tão agarrados, dando-lhe um caráter erótico e carnal difícil de se disfarçar. Carlos Vega, estudioso da dança universal, expressava, num artigo publicado em 1954 no Jornal La Prensa: ""dançar tango é algo grave e profundo; quando se dança não se ri".

Existem numerosos estilos atualmente, como por exemplo o Tango Argentino, o Tango de Salão (Estilo americano e internacional), o Tango Finlandés, o Tango Chinês, entre outros. O Tango Argentino é considerado como sendo o “autêntico” tango, já que é o mais parecido com o que se dançou originalmente em Buenos Aires, Argentina.

Tenho me empenhado muito nas aulas de tango e confesso que saio de lá exausta. É uma dança que exige muita postura, mescla o movimento, equilíbrio, respiração e sedução. Executar passos é o menor dos problemas... rs. Chegar até essa fase e realizar isso com leveza, harmonia e beleza que é difícil, rs. É incrível e tem me feito muito bem! Bem pra alma...

Deixo com vcs o vídeo que me motivou a procurar uma academia de dança. É um tango dançado por Antônio Banderas e Katya Virshila, extraído do filme Vem Dançar. A música tema é do Gotan Project, um grupo que toca eletrotango (tem um link aqui no blog sobre eles - eu adoro!). Vale muito a pena assistir não só o vídeo, mas todo o filme!



Espero que vc tb se empolgue com o tango e assim como eu, procure uma academia pra aprender a dançar, porque é bom demais!!!!!

Mil beijos dessa blogueira-tangueira em formação! =)

0 Retroativa

terça-feira, 12 de abril de 2011
Bom dia gente bonita e amiga =]

Gostaria de compartilhar com vcs um texto excelente que li no blog Afeto Literário da Letícia Palmeira.
Solicitação feita e aprovada pela autora do texto. Todos os direitos reservados a essa escritora tão maravilhosa que me fez repensar a qualidade dos meus posts... Preciso melhorar viu, subir o nível de intelectualidade, rs.
Enfim...
Suas palavras foram de encontro ao meu coração e espero que vá ao seu também.
Deleite-se.

Bjo, bjo.


RETROATIVA

"Penso em escrever uma carta de amor clichê vagabundo de quinta categoria. Tenho em mãos as tais fotografias que causam raiva, rancor e ciúme só de pensar que o seu sorriso escancarado está agora em outros hemisférios. Para escrever preciso de uma folha de papel, ousadia, ou talvez eu me parta ao meio em covardia para medir forças quando, na verdade, sofro da mesma saudade que sentem as almas mal dormidas no absurdo de um quarto andar. Sei que já deveria ter escrito tempos atrás. Mas é sempre assim. Bateu preguiça, bateu outra cara na minha e passei a tentar viver do que me existia. Tentei fazer minha vida em traço opaco de tinta. É que a gente odeia sofrer. E esta é a perigosa travessia de quem ama.
A gente ama tanto que parece sentir outra coisa. Como se amor fosse relíquia ou coisa de se lembrar em dias de chuva ou companhia de se andar quando a solidão fere um pouco mais que de costume. Amor nunca é só amor. Amor é conversa jogada fora, dia de trabalho e uma invenção de fazer curvar-se o outro de vexame que morre de amor.
Eu preciso escrever porque você me afeta mais do que posso suportar. Talvez eu use um papel de carta decorado com flores e margens coloridas. Ou talvez escreva em tom de sépia para dar nós de nostalgia. Posso também escrever em guardanapo ou no saco de papel que veio da padaria. Sei que escrevo e certamente não causará efeito meu bote-salva-vidas disfarçado de vocabulário metrificado de medo de dar com a língua na mágoa que sinto por não ter mais você ao meu lado. E, feroz como um carro ultrapassando sinal vermelho, eu escrevo. Mas o impulso me envolve em receio e agora sou pedestre em grande avenida contando pausas para atravessar o tráfego de minha atitude desesperada como quem decide recomeçar a vida após ler auto-ajuda. Quando o medo inunda a fala, que antes estava fluida de coragem, toda palavra pode gastar o que ainda permanece. Ainda? Será erro dizer o que não se deve? Aguardo a primeira palavra e a caneta nada diz que seja verdade.
Queria poder dizer tudo que não digo. Não me permito dizer que sofro angústias sempre que vou ao supermercado e me deparo com os produtos que a gente costumava comprar. Era tanto vício, chocolate e sempre um vinho para as horas de mais tarde, depois do jornal. Eu não posso deixar você saber que mendigo por sua presença como um cão esquecido ao relento. E eu me lembro de tudo como se fosse testemunha ocular. Porque, quando a gente vive algo, sei lá, costuma esquecer detalhes. A memória de quem ama é passo em falso. Engana mais que alivia. Eu quero ser simples ao escrever. E não me abuso em metáforas. Prefiro ir direto ao ponto, ao tombo, à moral da história. Mas sinto medo de dizer que calculei riscos quando fizemos planos que me pareciam enganos e eu não sabia se eu queria ilha ou pavimento. Era sempre um gigantesco receio de me perder, ou perder você, ou sei lá o que mais eu faria com você tão perto de minhas vistas. Sempre achei que não conseguiríamos viver juntos mais que 54 dias.
Extrapolamos a meta?
Você é uma criatura esquisita, um acúmulo malcriado de manias e sempre sorri retardado à minha ironia. Será que nunca me entendeu? Lembro que não havia motivos para brigas e eu os caçava na agonia do silêncio que entre nós se prolongava. Você nunca me obrigou a fazer nada. Nem sexo. Eu queria força, você queria apostilas, eu queria chaminé, você queria ventilador e sem falar que me ardia em ódio quando você olhava outros ares enquanto eu focava alvo único. Eu sempre fingi nada sentir, e, com tanto talento, tanto zelo, que você se aborrecia. Que mal eu te fazia? Você nunca admitiu, eu nunca usei claro discurso, e nunca foram concretos nossos verbos de compartilhar. Eram sempre subjetivas nossas conversas francas de entrelinhas. Sei que você me aguentou doente, fez chá, fez mesa e eu evaporava sempre que você evocava a voz da razão. Nunca fui racional. Eu fugia enquanto você fincava e você se perdia enquanto eu me tornava sensatez.
É mesmo complicado aceitar o fato de que sempre fomos ridiculamente opostos e iguais. Éramos tão iguais que não suportávamos pessoas e criamos um mundo só feito de nós dois que sempre acabava em sexo que era amor que era pornográfico. Eu devorava unhas e logo devorava sua nudez em cama de solteiro e acabávamos exaustos, corados e cheios de orgulho. Mas como dizer tudo em palavra escrita se vivemos tão à carne viva?
Desisto.
Rasgo o papel ainda não escrito e largo tudo para outro dia. Provavelmente você não pensa mais em mim, não pena, não despenca ao telefone querendo ouvir minha voz. Talvez, quem sabe, me reconheça qualquer dia caminhando pelas ruas ou avenidas. Talvez lembre. Talvez tenha se mudado, talvez tenha se casado, talvez siga outra doutrina ou talvez tenha se tornado ativista e nossa causa provavelmente não importa mais. Talvez você tenha morrido e eu perdi a chance de fazer cena em seu funeral. Ou talvez esteja vivendo outro tempo enquanto eu ando a aquecer o passado com lenha dormida na chuva de se arrepender. É mal de quem arde ou de quem se acaba sozinho em fins de domingo?
Percebo agora que o passado será sempre infinito até que outra esquina provoque nossas vidas e sejamos apenas imagens em fotografia ou um comentário ameno entre amigos do tipo que se faz a respeito de um livro. E a dúvida pondera as palavras, modera a vontade, silencia o alarde e já é tarde. Talvez eu escreva mesmo uma carta. Ou talvez seja melhor esquecer tudo sem que nada mais seja dito. Pois que já me aflora a pele o gosto e o afeto de outro inimigo."


Por Letícia Palmeira. Blog Afeto Literário. (http://leticiapalmeira.blogspot.com/)

3 Inutilidade masculina

segunda-feira, 11 de abril de 2011
Dizem que uma imagem fala mais que mil palavras, e não é que tá certo?!?!
Eeee inutilidade masculina!
FUCK.



Bjo, bjo e boa semana.

0 Sonhos

quarta-feira, 6 de abril de 2011
"Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim completamente seu
Vi a minha força amarrada no seu passo
Vi que sem você não tem caminho,
eu não me acho
Vi um grande amor gritar dentro de mim como
eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, mais carinho mais calma,
mais alegria
No meu jeito de me dar
Quando a canção se fez mais clara e mais sentida
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Ter saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim
Eu tenho sim
Não tem desespero não
Você me ensinou milhões de coisas
Tenho um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz"

(Caetano Veloso)



Nada como um dia após o outro.
A saudade ainda me maltrata, mas começo a ter paz. Mesmo em meio ao caos, tenho um pouco de paz.
E como canta Caetano "amanhã será um novo dia, certamente eu vou ser mais feliz".
É em Deus e nessa esperança que me agarro a cada manhã.

Ótima noite queridos e queridas =]

Bjo, bjo

3 O meu Adeus

segunda-feira, 4 de abril de 2011
Bom dia blogueiros.
Depois do fds absurdamente triste, cheguei a algumas importantes conclusões. Enfim me decidi.
Mandei hoje um e-mail definitivo pro ex, e o transcrevo aqui, porque me marcou e quero registrar o início de uma nova fase.
Hoje, dia 04.04.2011 começo e me reconstruir de verdade.
Consciente e com o coração andando ao lado da razão.
Não é fácil, nem simples. É doloroso e destruidor, mas necessário.
Hoje consegui dar "o meu adeus" a esse amor.

O e-mail:

Te ver (Skank)

"Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível

É como mergulhar no rio
E não se molhar
É como não morrer de frio
No gelo polar
É ter o estômago vazio
Não almoçar
É ver o céu se abrir no estio
E não se animar

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível

É como esperar o prato
E não salivar
Sentir apertar o sapato
E não descalçar
É ver alguém feliz de fato
Sem alguém prá amar
É como procurar no mato
Estrela do mar

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível

É como não sentir calor
Em Cuiabá
Ou como no Arpoador
Não ver o mar
É como não morrer de raiva
Com a política
Ignorar que a tarde
Vai vadiar e mítica

É como ver televisão
E não dormir
Ver um bichano pelo chão
E não sorrir
É como não provar o nectar
de um lindo amor
Depois que o coração detecta
A mais fina flor

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível"


Bom Dia -----.

Resolvi escrever esse e-mail para tentar explicar algumas coisas que considero muito importantes.
Talvez minhas palavras sejam um pouco desconexas, sem linearidade alguma, assim como está meu coração.
Pois bem.
Passado um mês do término do nosso namoro consegui, enfim, aproximar a razão do coração e consegui entender, pelo menos em parte, o que tem me dito nos últimos dias.

Ontem, consegui compreender o que vc está sentindo.
Pela primeira vez o meu coração entendeu.
Sei que precisa de um tempo só seu, para se encontrar, para descobrir o que quer, se ainda me ama ou não mais. Percebi que a dúvida te impede de tomar qualquer decisão por hora, e não só em relação a mim.

Entendi que, não adianta continuar insistindo com vc. O meu "recado" já foi dado e vc sabe muito bem tudo o que sinto e o que penso, mas agora preciso recuar.

Quanto a mim, também entendi muitas coisas.
Entendi que errei com vc.
Entendi que depositei uma "carga" sobremodo eleveda sobre vc. Todos os meus sonhos, todas as minhas expectativas, todas as minhas alegrias, tristezas, esperanças, tudo. Coloquei tudo sobre vc.
Vc se tornou o meu deus e foi nesse momento que passei a te perder, eu só não percebi antes.

Me perdoe por isso.

Eu te amo mais do que tudo na minha vida.
Eu te amo mais que a mim mesma, mais que Deus, minha família ou qualquer outra coisa.
Vc se tornou o centro do "meu universo particular", o único motivo, a única razão do meu existir e isso tá completamente errado! (hoje, eu sei).

Então constatei que, todo o caos causado quando do término foi em decorrência desse sentimento, dessa dependência, desse amor que não poderia ser seu, não desse jeito, não com tamanha intensidade e entrega ilimitada.

Eu me encontrei e me perdi em vc. Fui sua sem reservas.
Vc me levou ao céu... e foram dias de glória.
Eu conheci um novo mundo ao seu lado.
Eu amei de um jeito novo e eu te amo como nunca amei ninguém.

Mas, infelizmente, não dá pra continuar vivendo nesse ciclo vicioso em que me encontro.
Preciso libertar vc desse amor, do meu coração, e eu preciso voltar a viver.

Saber de vc, ver vc, ainda que virtualmente, é devastador.
Cada atualização sua me faz pensar que o faz para me ferir, para dar algum sinal subliminar de algo, e a realidade nem sempre corresponde a ilusão criada...

Vc sabe o quanto acho infantil e imaturo deletar alguém de orkut, msn e face, mas precisarei fazer isso ok?

Preciso fazer isso pra me libertar de vc.
Preciso ser liberta desse amor.
Eu não queria!
Queria costurar minha vida à sua. Queria me casar com vc, viver todos os meus dias ao seu lado, formar uma família, ter filhos, cahorro (rs), tudo! Mas vc não quer e não posso fazer mais nada, eu sei.

Eu não te quero mal, tampouco tenho raiva.
Hoje, tenho um coração muito magoado, ferido, triste e despedaçado, mas preciso me reconstruir.
Preciso me reencontrar. Preciso "renascer das cinzas".

Daqui um tempo, quando estiver curada de vc, curada desse amor, pronta pra te ver e falar com vc, irei te re-adicionar em tudo outra vez! e espero que me aceite, é claro, em cada site inútil "de relacionamento" que existe, msn e em tudo o mais onde eu possa te encontrar.
Vc é muito importante pra mim e eu nunca vou esquecer tudo o que vivemos juntos.
Só que agora preciso desse espaço. Também vou precisar de um tempo pra te esquecer.
Preciso me distanciar, pra reaprender a viver sem vc.

Então, depois de um e-mail feito com tanta dor e lágrimas, acho que é melhor dizer adeus.

Amo muito vc.

Um beijo, como foi nosso primeiro.

Sara Caroline.

1 Estaca a zero

domingo, 3 de abril de 2011
Desespero total!
Tem alguma coisa pior que sair num sábado a noite, ir pra uma boate e se deparar com o ex na hs?

Aff...
Que desespero! Que desespero!

A vontade de falar com ele, o medo de vê-lo com outra, os amigos da época do namoro ali, o ex-cunhado e a namorada - pessoas que adoro!, enfim, que merda!

Gente passei um dia péssimo e a noite só piorou tudo.

Depois de tanta insistência resolvi aceitar o convite de uma amiga, e sair com uma galera super legal pra uma boate super badalada daqui. Chego lá, vejo gente bonita e começo a dançar: a libertação. Passado algum tempo, eis que passa do meu lado o ex-cunhas.

Eu: 1ª Pergunta: Ah não!? Não me diga que ele tá aqui?!

Ex-cunhas: Tá Sara, bem ali (e apontou o lugar). É aniversário de fulano e tá td mundo aqui.

Eu: Eu tb vim pra um niver. Não quero encontrá-lo! Eu o amo, mas ele me deu um pé na bunda!!!

Ex-cunhas: Esquece ele! Ele não sabe o que quer da vida, não se encontrou na sua própria vida, ele não te merece, não sofra! Curte a vida e seja feliz. Procure alguém melhor, ele é um problema, vc sabe disso. Enquanto ele não aprender a se relacionar consigo mesmo, ele não saberá se realcionar com ninguém. (disse algo mais ou menos assim...)

Eu acabei mudando de assunto e logo depois o ex-cunhas saiu. Fiquei procurando o ex até encontrá-lo.

Que merda!!!

Estava começando a curtir a noite, a dançar (algo que adoro!), a sorrir, mas depois disso perdeu a graça.

Resultado: decidi ir embora. Me despedi do povo e fui saindo. Parei e perguntei pra minha amiga: falo ou não falo com ele?

Ela: Fala. Só diga um oi e avisa que já tá indo e só queria se despedir. Nada mais!

Eu: Ok. (Mentira).

Fui lá. Ele conversando com 2 mulheres. Falei oi e ele me deu um abraço. Falei que estava indo, que eu havia o visto e não dava pra continuar ali.

Ele disse: Não faça isso. Não faz isso comigo. Não faz isso com vc.

Eu: Ãããn??? Olha eu quero ficar com vc e sei que isso não vai acontecer. É melhor eu ir embora, não dá pra ficar aqui.

Ele: Não diz isso. É crueldade comigo.

Eu: Queeeeee???? Crueldade????? Crueldade é o que vc tá fazendo comigo! Eu te amo.

Ele: Não diz isso. Não faz isso com vc.

Eu: Então o que eu devo fazer, me diz? Pq eu não sei.

Ele: Não faz isso. Olha nós já conversamos e eu já te disse td o que eu tinha pra dizer.

Foi como um tapa na minha cara. Fiquei sem reação. Não pude, nem consegui fazer nada. Depois disso, virei as costas e sai. Assim mesmo, sem dizer nada.

Que merda. Que dor. Que saudade dele! Do seu cheiro, do beijo, de tudo. Quanto sofrimento. Quanta desilusão. Quanto amor...

Cheguei em casa sem eira nem beira. Não dormi nada essa noite. Acordei engasgada, com o estômago revirando, com essa dor no peito e a vontade de escrever.

Cá estou, me expondo vexatoriamente. Mostrando minha humilhação de forma pública. Minha dor, meu lamento, meu desespero.

Não sei mais o que fazer. Estou de volta a estaca a zero.

0 "O tempo é um fardo"

sábado, 2 de abril de 2011
"Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém

Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais (...)"


(Amado - Vanessa da Mata)

Olá blogueiros.
Tenho vivido dias tão difíceis, tão dolorosos, tão infindáveis e é tão ruim.
Amanhã faz um mês que o (ex) Príncipe terminou comigo e lembrar disso é inevitável. E sofrer por isso também.

Tenho me empenhado muito para superar essa fase, pra esquecer esse amor e seguir adiante. Tenho caminhado em passos ainda incertos e vacilantes, mas não tô me permitindo parar.

Na última conversa com a Dra. Jolie restou evidenciado o início ao processo de superação da dor. Tenho trabalhado muito, marquei a viagem pra Europa, retornei ás aulas de dança de salão e começei com o tango também, tudo para me ajudar.

É estranho amar alguém e perdê-lo depois de um tempo. É como se faltasse um pedaço de mim. Falta um pedaço do meu corpo e outro da minha alma e esse vazio é estarrecedor.

A Dra. Jolie me passou mais uma lição a ser feita antes da próxima consulta: agora é a hs de tentar olhar a realidade das diferenças que existem entre eu e o ex e, buscar saber se verdadeiramente eu conseguiria viver junto assim.

Visualizar, não só o tempo presente, onde estou disposta a enfrentar qualquer dificuldade pra estar junto, mas tentar propagar nossas incompatibilidades ao longo dos anos.

Ainda não consegui fazer essa lição. Claro, estou um pouco mais equilibrada e ponderada. Por mais que me destrua, entendo os motivos que levaram o ex a romper comigo, só não estou pronta (ainda) pra viver sem ele e também não estou pronta para concordar com ele.

Oro muito pra que Deus me ajude a superar tudo isso, a me perdoar e a seguir adiante. Mas quando penso em tudo o que fiz, no quanto me doei e me entreguei ilimitadamente a esse amor, simplesmente perco o chão.

Sei, porém, que já insisti demais; já o procurei por tantas vezes, e sempre ouço a mesma negativa. Não sou do 'tipo' que desiste do que quer. Sou do 'tipo' que luta e vai em busca até as últimas consequências, mas eu já fui e já cheguei às últimas consequências e ainda não me conscientizei disso.

Soube hoje, que uma prima com a minha idade está se separando. Foi um relacionamento de 5 anos. Eu fui "dama-moça" e cantei no casamento dela e ver tudo ruindo é frustrante e triste... e é ai que busco forças pra fazer meu coração entender, mesmo que na marra, que é melhor um término agora do que protelá-lo pra daqui um tempo.

Se é inevitável, melhor não continuar sonhando em vão. Afinal, quanto maior o tempo, maior a dor.

E pra terminar, deixo uma frase de Nietzche que representa bem tudo o que disse até agora e o que sinto nesse momento:

"O tempo é um fardo"

Bjo, bjo