0 Quem é vc?

domingo, 22 de abril de 2012
"Aquarius Horóscopo Diário: 22 de Abril
Essa pessoa nova em sua vida tem algumas surpresas chocantes. Seja apenas um amigo ou um parceiro em potencial, pode ser que eles tenham resumido seus passados um pouco demais ou talvez você descobrirá que tem valores de vida radicalmente diferentes."

Blogueiros,

Como é difícil fazer uma escolha.
E sim, as coisas podem se complicar rápido demais.

Fico intrigada: quando acredito que valha a pena correr determinado risco (e, sinceramente nesse caso estou disposta a me jogar de cabeça), sou surpreendida pelo dark side do outro.

À primeira vista tudo é atraente e belo, tudo fascina e inspira mas, de repente, numa fração de segundo, o outro deixa escapar aquilo que vc se nega a enxergar; aquilo que vc repete o tempo todo que não é verdade, que é nóia sua, que foi só uma impressão desconfigurada da maravilha que está diante dos seus olhos, entretanto, mon chèr, não há nada desajustado em vc, talvez há no outro algo que vc não engula, nem mesmo depois de vários José's (Cuervo, meu querido)...

Putz, tantos desencontros com o certo (os quais me levam diretamente ao errado) me cansam.
Estou cansada. Exausta.


=(

0 Bom dia quinta-feira. É hora de refletir.

quinta-feira, 19 de abril de 2012
ABSOLVENDO O AMOR

Duas historinhas que envolvem o amor.
A primeira: uma mulher namora um príncipe encantado por três meses e então descobre que ele não é príncipe coisa nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mais um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga: "Não dá mesmo para acreditar no amor".

Peraí. Por que o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a princesa não acredite mais no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e a partir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é para contribuir, para apimentar, para fazer feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por um determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e até a próxima. Fique com o cartão dele, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certa. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque esse estará sempre a postos.

Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão pra existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos, filhos e cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.

Segunda história: uma mulher ama profundamente um homem e é por ele amada da mesma forma, os dois dormem embolados e se gostam de uma maneira quase indecente, de tão certo que dá a relação. Tudo funciona como um relógio que ora atrasa, ora adianta, mas não pára, um tiquetaque excitante que ela não divulga para as amigas, não espalha, adivinhe por quê: culpa. Morre de culpa desse amor que funciona, desse amor que é desacreditado em matérias de jornal e em pesquisas, desse amor que deram como morto e enterrado, mas que na casa dela vive cheio de gás e que ameaça ser eterno. Culpa, a pobre mulher sente, e mais: sente medo. Nem sabe de que, mas sente. Medo de não merecê-lo, medo de perdê-lo, medo do dia seguinte, medo das estatísticas, medo dos exemplos das outras mulheres, daquela mulher lá do início do texto, por exemplo, que se iludiu com mais um bobalhão que desapareceu sem deixar rastro - ou bobalhona foi ela, nunca se sabe.

Mas o fato é que terminou o amor da mulher lá do início do texto, enquanto que essa mulher de fim de texto, essa criatura feliz e apaixonada é ao mesmo tempo infeliz e temerosa porque teve a sorte de ser premiada com aquilo que tanta gente busca e pouco encontra: o tal amor como se sonha.

Uma mulher infeliz por ter amor de menos, outra, infeliz por ter amor demais, e o amor injustamente crucificado por ambas. Coitado do amor, é sempre acusado de provocar dor, quando deveria ser reverenciado simplesmente por ter acontecido em nossa vida, mesmo que sua passagem tenha sido breve. E se não foi, se permaneceu em nossa vida, aí é o luxo supremo. Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós.

(Martha Medeiros)



Bom dia Blogueiros,

Tá aí uma crônica da Martha Medeiros para refletirmos um pouco em plena quinta-feira.
O mais torturante?!? Pensar que "quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele (o amor), somos nós.".
Punk...

Bjo, bjo

0 Brasileirando: Tiê!

domingo, 15 de abril de 2012
Boa noite Blogueiros,

Gostaria de compartilhar com vocês um pouco da brasileiridade musical encontrada na voz da linda e talentosíssima Tiê.

Encontrei um pouco da história de Tiê no seu site, onde é possível encontrar fotos, vídeos, release, agenda, alguns produtos comercializados via web, dentre outros.

Depois de lançar o elogiado "Sweet Jardim" (2009), inteiramente autoral, a cantora Tiê lançou no mês de março/2011, seu segundo disco "A Coruja e o Coração", novamente com produção de Plínio Profeta. A estréia rendeu a Tiê uma indicação à categoria Revelação do Prêmio Multishow 2010 e shows em todo o Brasil e em Nova Iorque, além de uma turnê pela Europa, incluindo apresentações em Londres, Paris, Berlim e Barcelona. "Sweet Jardim" também figura a lista dos 50 discos que formaram a identidade musical brasileira dos anos 2000, publicada pelo jornal A Folha de S.Paulo. Em 2011, Tiê apresenta seu segundo disco, que traz participações de nomes como Jorge Drexler, Marcelo Jeneci e Hélio Flanders, no Festival SXSW, no Texas, e no Rock in Rio.

Tiê
Tiê é neta de Vida Alves, atriz que protagonizou o primeiro beijo da TV brasileira, na também primeira novela nacional de TV. A cantora cursou Relações Públicas na FAAP, estudou canto em Nova Iorque e foi dona de um brechó/ restaurante em São Paulo. Foi no Café Brechó que Tiê conheceu duas figuras importantes para sua carreira na música: Dudu Tsuda e o compositor Toquinho, com quem a cantora gravou sua primeira música e viajou por todo o Brasil e Europa em turnê antes de lançar seus álbuns.


Deixo com vocês o clip de uma das minhas canções preferidas dela: "Dois". Espero que gostem.


"Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão."

(Dois. Tiê)

Lindo né?!

Bjo, bjo e boa semana.

0 Né?!

sábado, 14 de abril de 2012

0 Qualquer um

domingo, 8 de abril de 2012
QUALQUER UM

A reclamação é antiga, mas continua vigente: mulheres se queixam de que não há homem "no mercado".

Acabo de receber um e-mail de uma delas, contando que faz parte de um grupo de mulheres na faixa dos 35 anos que são independentes, moram sozinhas, trabalham, falam idiomas, são vaidosas, têm cultura, fazem ginástica e, mesmo com tantos atributos, seguem solteiras e temem não haver tempo para formar a própria família. No finalzinho da mensagem, descubro uma pista para a solução do problema: "Apesar de o relógio biológico estar nos pressionando, não queremos procriar com qualquer um. Queremos um cara bacana para ir ao cinema, almoçar no domingo, viajar nos finais de semana."

Claro. Quem não quer?

Não há problema nenhum em ser exigente, em querer uma pessoa que seja especial. O que me deixa intrigada é que há mais probabilidade de você encontrar "qualquer um" do que um deus grego com um crachá escrito "Príncipe Encantado". Então me pergunto: as mulheres estarão dando chance para que este "qualquer um" demonstre que está longe de ser um qualquer?

Sou capaz de apostar que a maioria das mulheres, no primeiro papo, já elimina o candidato, e quase sempre por razões frívolas. Ou porque o sapato dele é medonho, ou porque ele não sabe quem é Roman Polanski, ou porque ele gosta de pizza de strogonofe com banana, ou porque ele só gosta de comédia, ou porque ele mistura steinheger com cerveja, ou porque o carro dele é um carro do ano. Do ano de 1991.

Imagina se você, proveniente de uma família estruturada, criada dentro de padrões de bom gosto, com qualidades encantadoras, vai se envolver com esse... com esse... com esse sei-lá-quem.

Pois o "sei-lá-quem" pode ser, sim, aquele cara bacana que levará você para almoçar no domingo, mas você tem que dar uma mãozinha, minha linda. Recolha seus prejulgamentos, dê umas férias para seus preconceitos, deixe seu orgulho de lado e saia com ele três, quatro vezes, até ter certeza absoluta de que o sapato medonho vem acompanhado de um caráter medonho, de um mau humor medonho, de uma burrice medonha. Porque se o problema for só o sapato e a pizza de estrogonofe, isso dá-se um jeito depois, ele não há de ser tão inflexível.

Aliás, e você? Garanto que também não sai pela rua com uma camiseta anunciando "Mulher Maravilha". Ele também vai ter que descobrir o que há por trás da sua ficha estupenda, e vá que ele implique com as três dezenas de comprimidos que você ingere por dia, com sua recusa em molhar o cabelo no mar, com sua fixação por telefone ou com os seus sutiãs do ano. Do ano de 1991 também.

Essa coisa chamada "história de amor" requer um certo tempo para ser construída, e as que dão certo são aquelas vividas com paciência, com o espírito aberto, e geralmente com qualquer um que consiga romper nossas defesas e nos fazer feliz.

Martha Medeiros


Blogueiros,

A Martha sempre tem razão.
Muitos acontecimentos nos tornaram exigentes demais, seletivoas demais, maravilhosos demais, deprimentes demais, tudo demais.
Talvez seja o tempo de dar uma chance. Não para o outro, mas para nós mesmos. Afinal, até quando degladiaremos no mundo em busca de respostas, de vinganças, de confiança, de alento, atenção e perfeição?

A perfeição não existe meu bem, é utópica e surreal demais. O que existe é uma sequência de erros e acertos provenientes da própria natureza humana, cheia de falhas e lacunas, as quais tentamos freneticamente preencher, seja com o amor, com a fé, com a inletectualidade, a profissão, os hobbies, as nóias, os vícios...

Seja como for, permita-se viver. Aceite-se. E, principalmente, aceite o outro.

(Aceitar, não quer dizer amar).

Bjo, bjo e boa páscoa.