0 Isso lhe assusta?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011
“Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz arte de um todo, de um mistério. Sou uma só. Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.”


(Clarice Lispector)

Boa noite Blogueiros,

Depois de uma longa temporada de incertezas, dúvidas, dor e maus agouros, tomei uma importante decisão.

Acabou.

Não tenho mais tempo a perder com a infelicidade de mim mesma e, como escreveu Elizabeth Gilbert em seu maravilhoso livro “Comer, Rezar, Amar” (estou lendo agora e estou fascinada!), não dá mais para viver atada a uma obsessão amorosa, seguida da completa e implacável desvalorização de mim mesma.

Eu não preciso disso. Nunca precisei.

Estou rodeada por pessoas que realmente se importam e me amam, então, porque continuar no centro desse redemoinho sem fim?

Chega.

Nos últimos dias constatei quantas perdas reais se efetivaram na minha vida diante do medo de me envolver, incluindo vc meu bem, que me surpreendeu ao confessar a descoberta e leitura ativa do blog. Blog esse que pelo conteúdo denso, carregado e, quem sabe, sombrio e melancólico demais, o fez se afastar.

Não é a primeira vez que acontece.

Talvez, isso lhe assuste. Talvez, eu o assuste. O que, definitivamente, é uma pena.

Seja como for e independente de quem permaneça ou vá de vez, decidi ser feliz.

Mais que isso, decidi me abrir novamente ao amor - o que é um verdadeiro divisor de águas em 2011.

Abrir-me ao delírio, devaneio e frenesi materializado no envolvimento de duas pessoas desconhecidas, confusas, curiosas e desejosas pelo outro.

“O amor
Entre cinzas e arco-íris
Esplendor
Por viver as juras de satisfazer o ego mortal
Coisa pequenina
Centelha divina
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso
Luz da minha vida
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas”

(Jorge Vercillo)



Sim, renascer das cinzas.

Bjo, bjo

0 Avesso imperfeito

quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Olá Blogueiros,

Às vezes, revendo fotos, posts, ouvindo certas canções, relembro tudo, com uma intensidade descomunal.

Como é possível suportar tanta oscilação?

O coração, definitivamente, é o órgão campeão em regeneração.

Fígado?! Que nada! Aquele que agüenta as piores dores e os momentos mais terríveis, incluindo a sucumbência das mágoas na infinidade etílica é o danado e insistente coração.

Segundo a Wikipédia, “a enciclopédia livre”, o coração é um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo e, em nós seres humanos, esse percurso é feito em aproximadamente 50 segundos em repouso.

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas. O coração se localiza em uma bolsa chamada caixa torácica, entre os pulmões. É um órgão muscular, pode se contrair e se relaxar.

Assim como o órgão pulsante e pujante, minha história tem sido escrita, com idas e vindas no amor, inícios nascidos no território limítrofe das sutilezas e términos contrariados. Ciclos que se fecham, todavia, sem um remate final, como pontas soltas de um bordado de avesso imperfeito.

Eu sou imperfeita.




 “No quarto, já despida sobre a cama, não conseguia adormecer. Seu corpo pesava-lhe, existia além dela mesma como um estranho. Sentia-o palpitante, aceso. Fechou a luz e os olhos, tentou fugir, dormir. Mas continuou por longas horas a perscrutar-se, a vigiar o sangue que se arrastava grosso pelas suas veias como um animal bêbedo. E a pensar. Como não se conhecia até então.”

(Clarice Lispector)

Bjo, bjo

0 A incerteza. Sempre.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Eu vejo o tempo passar.
Ouço música e tento me distrair, mas invariavelmente minhas dúvidas voltam a me perturbar.
Já não sei o que quero, ou o que fazer da minha vida.
Preciso de orientação!

Alguém... me ajude?


"Talking to the moon" do Bruno Mars é só uma música que tenho ouvido muito. Linda né!? Nada mais.

Bjo, bjo

0 Tirai-me Senhor, do cativeiro do meu coração

domingo, 20 de novembro de 2011
Boa tarde Blogueiros,

Ando sumida, eu sei. Sempre quero escrever, mas nunca encontro um espaço livre pra isso. Ademais, tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que nem sei por onde devo começar.

Hoje, quero compartilhar um e-mail pessoal, que enviei a uma amiga em resposta a um texto que ela havia escrito e enviado anteriormente a mim. Creio que sintetiza com clareza e objetividade a tumultuosidade do meu coração atualmente.

Preciso desabafar...




Olá S*,

" Eu morro de medo de uma vida sem Deus, e morro de medo de uma vida com Deus! "

Essa, definitivamente, foi a frase mais verdadeira e real pra mim. Compartilho o mesmo sentimento.

As incertezas se tornam cada dia mais latentes pra nós.

Hoje, eu ainda me sinto em cima do muro: casar ou não casar, eis a questão... rs.

Sempre tive certeza do que eu queria para meu futuro, e sempre planejei cada um dos meus passos, até o momento em que uma decepção tão devastadora destruiu meu coração. Desde então me sinto perdida e desorientada. Sem rumo, sem prumo, sem nada. Com tanta dor e sangue pulsando dentro de mim, misturado a um sentimento de desespero, pressão, raiva, insatisfação, incerteza e muita frustração.

Mas, nesses 25 aninhos (rs) pude aprender uma valiosa lição: Maldito o homem que confia no homem.
Maldita sou, por ter confiado o meu coração, o meu amor e a minha vida a alguém que, apesar de insituí-lo "senhor e única razão do meu existir", não era Deus.

Eu me doei como nunca. Me entreguei sem reservas, sem limites, sem ponderações, sem raciocínio, sem pudores, sem nada, e olha só onde fui parar?!?!?!?

Nos últimos oito meses me transformei em alguém que não sou.
Me destruí e me reconstruí toda torta e remendada, com partes de mim ainda abertas, latentes e putréfadas.
Odeio ser a pessoa de hoje mas, infelizmente, não dá pra ser a mesma Srta. Caroline de antes.

Pensando e refletindo em tudo isso vejo que o meu "medo de uma vida com Deus", me levou a uma vida sem Ele, e as consequências dessa escolha são as piores possíveis e imagináveis.
Chego a pensar que não terei conserto ou solução, talvez, nunca mais seja feliz e sã como outrora. Todavia, no mesmo instante em que escrevo isso, me lembro que a vida com Deus é surpreendente e maravilhosa, e o amor d'Ele, manifesto na Cruz por mim e por você é capaz de transformar todo choro em riso!

Essa é minha única esperança.

Te amo muito em Cristo e sei que Deus tem um propósito especial em nos manter unidas.

Conte comigo. Eu conto com você.

Beijo!

Srta. Caroline.


Salmos 126

Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes.
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.

Amém.

0 But I'm grown...

sábado, 5 de novembro de 2011
"All I can ever be to you,
Is a darkness that we knew
And this regret
I got accustomed to
Once it was so right
When we were at our high,
Waiting for you in the hotel at nightI knew
I hadn´t met my match
But every moment we could snatch
I don't know why
I got so attached
It's my responsibility,
And You don't owe nothing to me
But to walk away I have no capacity"

(Amy Winehouse)


Pois bem Blogueiros,

Mais uma decepção pra coleção.
Acho melhor não descrever os detalhes de mais um sórdido e desastroso acontecimento na vida amorosa.

Os homens, quem poderá entendê-los?

Sou fã da Amy, suas músicas são super intensas, até meio insanas e, quando se fala de destroços emocionais, ela é perfeita! rs. A forma como levou sua vida pessoal não é da minha conta. Sinto apenas, por perder uma artista singular, dona de uma voz única! Mas não é sobre a artista que venho falar, e sim, sobre mim.

"Tears Dry On Their Own" descreve com perfeição o desfecho de uma história fantasiosa, inventada e, contraditoriamente vivida, louca e compulsivamente. Meu conto de fadas iniciado na Itália, continuado no Brasil, não durou tanto quanto eu gostaria e já chegou ao fim.

Não importa, afinal:

"He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
My deep shade
My tears dry"

Estou bem.

A próxima viagem já está marcada.
Comemorarei meus 26 aninhos em alto estilo!
Vou para o Caribe!!!!!!!!!!!!

Quem sabe lá, encontro um novo amor? ... hahaha.

Bjo, bjo