O que subsiste?

domingo, 27 de setembro de 2009
Quanto mais o tempo passa, mais vejo o quão tenho a aprender.
Viver dói.
Amar mais ainda. E o contrário também.
A incerteza do amanhã remói os sentimentos.
Os erros me enlouquecem.
As atitudes e a falta delas, igualmente.
Há tempos em que tudo se manifesta em pesar, em dor e em arrependimento.
Aff... eu falo demais, e não posso continuar a agir assim.
Sou transparente.
O que sinto e o que quero se nota de longe. Isso mais me parece um defeito, a uma qualidade.
Me vejo tão crua, tão inteira e crédula, sendo lapidada diariamente pela maldade e malícia do ser humano. Me cortando, me moendo, me fazendo crescer, me tornando cética e desacreditada em tudo, ou quase.
Sempre pensei que as pessoas poderiam ser melhores. Quem sabe, que o mundo fosse um pouco mais colorido, e não tão cruel. Mas a realidade não é assim. Infelizmente.
E a medida que o tempo passa, mais forte são minhas convicções.
O único quem não nos frustra, é Deus. Somente Ele, com seu infinito amor, graça e perdão é perfeito. Livre de ressalvas.
De fato essa é a maior Verdade que existe. Nada, além disso, subsiste.
Nada.
E como isso me frustra! Como isso me incomoda! Como é possível viver em meio a desconfiança, falta de amor, traição, mentira, engano e tanta ilusão?!?!?
Sou feita de carne. De sangue. De alma, coração e um pedaço do infinito.
Sim, sou um pedaço do infinito que não se sintetiza. Talvez, o meu corpo e as minhas forças sejam limitados, mas o meu espírito e os meus sentimentos não o são.
Eu, poética e romântica que sou, sofro, com tantas e constantes decepções. Acho que não vou me acostumar nunca a isso.
Ademais, não é o que quero pra mim.
Apesar de toda consternação, tento e anseio guardar, ao menos um fiasco de esperança. Na vida, no homem e no amor.

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