Eu sempre quero lhe dizer a palavra certa
ou quem sabe, a que você mais espera,
no entanto ela fica presa e represa
e mais uma vez protelo o instante.
O que houve entre nós não foi um equívoco,
foi a moenda dos dias moendo o remôo da mó
que moía o nosso macerado trigo de cada dia,
esmagando nossos dois grãos exaustos da moagem.
E vendo seus gestos de remissão e esforço,
eu quero perdoar, mas não sei se posso,
porque antes de nada foi feito para preservar
dentro de mim o incenso de flor-de-laranjeiras.
Nada foi feito para alargar o leito
tão raso e tão cheio de peixes-seixos
por onde fluía o pequeno fio
de meu minguado rio interior.
Darcy França Denófrio in Amaro mar, 1988.
Boa tarde Blogueiros,
Domingo, dia dos Pais, dia de comemoração. Coisa boa.
Parabéns dados ao meu Pai, com direito a presente, almoço com a família reunida, etc e tal. Desejo igualmente muitas alegrias a todos os Pais desse Brasil tão vasto e lindo.
Parabéns Pais!
Destarte, o que me traz ao blog hoje não está ligado ao meu Pai, tampouco aos festejos do dia. Estou aqui para compartilhar com vcs uma situação, no mínimo, cabulosa e quem sabe, surpreendente.
Pois bem.
Para aqueles que já acompanham o blog há algum tempo, peço licença para fazer um "brief history" de 2010 até hoje:
Conheci alguém; me apaixonei; amei: 2010/2011; rompemos: março/2011; desespero, tristeza generalizada por meses a fio; terapia; viagens; atitudes impulsivas e desregradas; romance cinematográfico direto da Itália para o Brasil; perda de uma das pessoas mais amadas em toda minha vida, meu avôzinho; "alta" na terapia (saudades da linda Dra. Jolie): 2011; redescobrimento de mim; superação; equilíbrio emocional; novos propósitos de vida; alegria; paz: 2012.
Em 2012, acerca de dois/três meses, inicio o processo de coaching, e coloco um ponto final, de uma vez por todas, em qualquer vestígio pernicioso na minha vida; incluindo o antigo relacionamento e, por óbvio, o ex.
Bjo, bjo.
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