Bjo, bjo blogueiros queridos e de quem morro de saudades!
Blog das 30 pessoas: É dia dos namorados ( mas também é dia do meu post...:
Hoje é dia dos namorados!
Mas azar o deles, porque é o dia do meu post e não vou escrever em rosinha nem distribuir flores. Aviso que não vai ter algodão, beijos e corações voando.Também não vou sortear uma caixa de bombons, nem publicar mensagens de amor aqui.
Segundo minhas contas hoje é dia 12, que vem depois do 11 e antes do 13, ou seja, nada mudou, o famoso dia dos namorados não significa nada para mim .
A minha questão é a seguinte - Não acredito nas relações humanas. Simples assim.
Todo aquele cristal de almas gêmeas, amores eternos, acho tudo conversa mole.
E como cheguei a essa conclusão? Bom, não foi nos braços do George Clooney.
Ralei pra caramba em relacionamentos amorosos, de trabalho, familiares e com estranhos.
Eu tinha boas intenções e acreditava que os outros também tinham. Com o tempo aprendi que todos nós somos movidos por interesses próprios e isto nem sempre inclui o bem estar do outro.
Isso é crime? Não, é a natureza humana. Não estamos aqui movidos pelo amor, estamos aqui pela biologia. Se meus pais se amassem loucamente, mas nunca tivessem tido sexo, eu não existiria, então não é o amor que move o mundo.
E existe amor? Não sei, mas é lindo de acreditar nessa corrente do bem, o amor universal que nos une e nos faz melhor, também acho fofo pensar assim.
Por outro lado essa noção de amor cristaliza e esconde muitas coisas, crescem expectativas e o amor faz o ser humano parecer maior do que é.
Quem ama perdoa, quem ama cuida, quem ama protege, quem ama faz o impossível.
Mentira. Somos todos humanos e nossa idéia de amor pode nos guiar, mas nem sempre indica o caminho e nem por isso deixamos de ser o que somos, pessoas, e sendo assim estamos sujeitos as nossas paixões e vontades e para conseguir o objeto do nosso desejo somos capazes de disfarçar nossas más intenções, nossos impulsos egoístas, nossos objetivos suspeitos.
Quando eu acreditava no amor, lá pelo século XV, quando era uma inocente garota, o amor parecia acima de qualquer coisa e escolher um príncipe era divertido. Mas com o tempo o amor começou a fechar meu círculo de exigências e ficou tudo mais difícil. O meu príncipe me amava, mas fazia questão de ter um comportamento humano, então conclui que não era amor. Como pode ser amor se ele é humano e comete erros que apenas os humanos cometem?
Demorei para entender, o amor não canoniza ninguém, não santifica, a maneira como agimos continua mais ligada a seres rasteiros do que a anjos.
Depois de um longo período de agonia, quando percebi o motor das relações humanas, renasci e vi a maravilha que era estar livre de idéias cristalizadas e noções distorcidas de amor .
Não sei se é amor, mas gosto de príncipes desencanados, com facilidade de admitir suas fraquezas. Não preciso de frases de efeito, nem de promessas eternas, prefiro mesmo conhecer o ser humano que está diante de mim.Sem essa noção de amor o que resta é muita diversão. Ver que todos são humanos, todos erram e cada um age de acordo a sua vontade me deixa livre para ser quem eu sou, já que minha roupa de princesa se perdeu no meio do caminho.
Os outros querem alguma coisa de mim? Bom, eu também quero deles. Mas assim dito de maneira transparente é um bom negócio, somos isso, pessoas em um planeta tentando sobreviver e se divertir um pouco .
Tem os românticos que curtem flores, frases e coisas assim. Tudo bem, cada um escolhe como viver, para mim não deu certo, não foi um caminho agradável.
Gosto de coisas mais cruas, mais diretas. Relacionamentos entre dois seres mortais, cheios de erros e de defeitos. É amor? Não sei. Talvez seja humana demais para saber, mas quando não corremos atrás desse famoso amor, dessa idéia vendida, percebemos como a vida pode ser divertida, seres humanos são um caos ambulante e viver no meio disso em vez de sonhar com tempos melhores pode ser libertador.
(Lara D.)
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