Olá Blogueiros,
Às vezes, revendo fotos, posts, ouvindo certas canções, relembro tudo, com uma intensidade descomunal.
Como é possível suportar tanta oscilação?
O coração, definitivamente, é o órgão campeão em regeneração.
Fígado?! Que nada! Aquele que agüenta as piores dores e os momentos mais terríveis, incluindo a sucumbência das mágoas na infinidade etílica é o danado e insistente coração.
Segundo a Wikipédia, “a enciclopédia livre”, o coração é um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo e, em nós seres humanos, esse percurso é feito em aproximadamente 50 segundos em repouso.
Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas. O coração se localiza em uma bolsa chamada caixa torácica, entre os pulmões. É um órgão muscular, pode se contrair e se relaxar.
Assim como o órgão pulsante e pujante, minha história tem sido escrita, com idas e vindas no amor, inícios nascidos no território limítrofe das sutilezas e términos contrariados. Ciclos que se fecham, todavia, sem um remate final, como pontas soltas de um bordado de avesso imperfeito.
Eu sou imperfeita.
“No quarto, já despida sobre a cama, não conseguia adormecer. Seu corpo pesava-lhe, existia além dela mesma como um estranho. Sentia-o palpitante, aceso. Fechou a luz e os olhos, tentou fugir, dormir. Mas continuou por longas horas a perscrutar-se, a vigiar o sangue que se arrastava grosso pelas suas veias como um animal bêbedo. E a pensar. Como não se conhecia até então.”
(Clarice Lispector)
Bjo, bjo
antes de tudo
Há um mês
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